13 de janeiro de 2010

Complicada e Perfeitinha

Agora que sou uma balzaquiana, resolvi colocar alguns textos em homenagem as mulheres de 30! Divirtam-se! Aliás, famoso esse termo "Balzaquiana" não é mesmo?
A Mulher de 30 Anos Por: Honoré de Balzac
Tome a mesma moça aos 20 e aos 30 anos. No segundo momento ela será umas sete ou oito vezes mais interessante, sedutora e irresistível do que no primeiro. Ela perde o frescor juvenil, é verdade. Mas também o ar inseguro de quem ainda não sabe direito o que quer da vida, de si mesma e de um homem. Não sustenta mais aquele ar ingênuo, uma característica sexy da mulher de 20. Só que isso é compensado por outros atributos encantadores que reveste a mulher de 30. Como se conhece melhor, ela é muito mais autêntica, centrada, certeira no trato consigo mesma e com seu homem. Aos 30, a mulher tem uma relação mais saudável com o próprio corpo e orgulho da sua vagina, das suas carnes sinuosas, do seu cheiro cítrico. Não briga mais com nada disso. Na verdade, ela quer brigar o menos possível. Está interessada em absorver do mundo o que lhe parecer justo e útil, ignorando o que for feio e baixo - astral. Quer é ser feliz. Se o seu homem não gosta dela do jeito que é, que vá procurar outra. Ela só quer quem a mereça. Aos 30 anos, a mulher sabe se vestir. Domina a arte de valorizar os pontos fortes e disfarçar o que não interessa mostrar. Sabe escolher sapatos e acessórios, tecidos e decotes, maquiagem e corte de cabelo. Gasta mais porque tem mais dinheiro. Mas, sobretudo, gasta melhor. E tem gestos mais delicados e elegantes. Aos 30, ela carrega um olhar muito mais matador quando interessa matar. E finge indiferença com muito mais competência quando interessa repelir. Ela não é mais bobinha. Não que fique menos inconstante. Mulher que é mulher,se pudesse, não vestiria duas vezes a mesma roupa nem acordaria dois dias seguidos com o mesmo humor. Mas, aos 30 ela,já sabe lidar melhor com esse aspecto peculiar da sua condição feminina. E poupa (exceto quando não quer) o seu homem desses altos e baixos hormonais que aos 20 a atingiam e quem mais estivesse por perto, irremediavelmente. Aos 20, a mulher tem espinhas. Aos 30, tem pintas, encantadoras trilhas de pintas, que só sabem mesmo onde terminam uns poucos e sortudos escolhidos. Sim, aos 20 a mulher é escolhida. Aos 30, é ela quem escolhe. E não veste mais calcinhas que não lhe favorecem. Só usa lingeries com altíssimo poder de fogo. Também aprende a se perfumar na dose certa, com a fragrância exata. A mulher de 30, mais do que aos 20, cheira bem, dá gosto de olhar, captura os sentidos, provoca fome. Aos 30, ela é mais natural, sábia e serena. Menos ansiosa, menos estabanada. Até seus dentes parecem mais claros; seus lábios, mais reluzentes; sua saliva, mais potável. E o brilho da pele não é a oleosidade dos 20 anos, mas pura luminosidade. Aos 20 ela rói as unhas. Aos 30, constrói para si mãos plásticas e perfeitas. Ainda desenvolve um toque ao mesmo tempo firme e suave. Ocorre algo parecido com os pés, que atingem uma exatidão estética insuperável. Acontece alguma coisa também com os cílios, o desenho das sobrancelhas, o jeito de olhar. Fica tudo mais glamouroso, mais sexualmente arguto. Aos 30, quando ousa, no que quer que seja, a mulher costuma acertar em cheio. No jogo com os homens já aprendeu a atuar no contra - ataque. Quando dá o bote é para liquidar a fatura. Ela sabe dominar seu parceiro sem que ele se sinta dominado. Mostra a sua força na hora certa e de forma sutil. Não para exibir poder, mas para resolver tudo ao seu favor antes de chegar ao ponto de precisar exibi-lo. Consegue o que pretende sem confrontos inúteis. Sabiamente, goza das prerrogativas da condição feminina sem engolir sapos supostamente decorrentes do fato de ser mulher. Sim, é óbvio que eu gosto de ninfetas. É claro também que tenho meus limites, não sou nenhum Humbert Humbert. Mas é impossível, para qualquer homem, deixar de notar os encantos de uma jovem de seus dezoito, vinte anos. Seja a arrogância gostosa daquelas que, ainda adolescentes, acham que sabem tudo sobre a vida; ou a curiosidade instigante das que parecem querer devorar o mundo, tamanha a vontade de aprender; como ficar indiferente? Isso sem falar na malícia disfarçada de inocência... Ou seria a doce inocência temperada de malícia? Não sei. Só sei que algumas até percebem o quanto mexem comigo. Mas, há um problema. Ainda que existam exceções, raras e deliciosas exceções, essas meninas ainda não são mulheres. "A fisionomia da mulher só começa aos trinta anos", já dizia Balzac. Irritava-me a falsa modéstia de mulheres deslumbrantes que dizem “mas eu não tenho mais o corpo que eu tinha aos vinte anos”. E quem disse que precisa ter? Perco a fala, fico completamente desorientado e transpiro desejo só porque tenho algum tipo de preferência exótica? É óbvio que não. Demorou, mas descobri que isso não passa de charme, uma estratégia sórdida para chamar a atenção para a beleza das formas de um corpo maduro, esculpido pela experiência e aquecido pela volúpia de quem sabe exatamente o que deseja. A mulher de trinta anos sabe quem é e sabe bem o poder que tem. Não precisando mais de muitos dos joguinhos que algumas jovens fazem para testar sua capacidade, ela se dedica a outros jogos, muito mais interessantes e excitantes. Relacionar-se com uma mulher de trinta anos é ensinar e aprender. É ter uma amante perfeita e, ao mesmo tempo, uma companheira de humor sem frescuras e uma amiga capaz de entender e se deliciar com todas aquelas referências pop que você levou décadas para colecionar: ela vai rir gostosamente ao lembrar-se do vídeo de "Total Eclipse Of The Heart", ou será uma fã sobrevivente de Jackson 5, e isso é ouro! É possível discutir filosofia depois do melhor sexo do mundo ou, o absurdo, conseguir o melhor sexo do mundo após discutir filosofia! (eu indico Sartre) A mulher de trinta anos está mais apta a entregar-se ao amor sem medo. E se for paixão? Ela não perde tempo buscando definições semânticas, ela simplesmente vive! Mas você aí, que já está com água na boca, não pense que é fácil conquistar uma mulher de trinta anos. Hoje elas são muito mais interessantes e complexas do que eram na época de Balzac, porque são acima de tudo independentes. A mulher de trinta anos é segura de si até quando procura um colo. Ela não tem mais vergonha de ser menina quando precisa, afinal. O que fazer? De minha parte, não tento mais compreender tamanha complexidade (o homem que tenta entender as mulheres é um tolo, simplesmente não as merece); e apenas vivo minha paixão intensamente, cada dia mais fascinado pela mulher de trinta anos... Fonte: http://www.interney.net/blogs/hedonismos/2008/03/04/a_mulher_de_30_anos_1/
A mulher de 30 anos

Um comentário:

  1. eeeeeeeee as mulheres de 30 são MARAAA, são TUUUDOOOO, são DIVINASSS (e modestas kkkk). Parabéns minha lida, seu presente já chegou aí e fiquei contente que vc tenha gostado!! Bjão!!!!!

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